segunda-feira, 4 de maio de 2009

Australian Cattle Dog

Origem da Raça

O Australian Cattle Dog é uma raça relativamente recente. Os principais registros foram feitos por Robert Kaleski que se apaixonou pela raça ainda na adolescência e dedicou sua vida ao estudo e desenvolvimento da raça. Apesar disso, há grande controvérsia sobre quais as raças que teriam contribuído para a formação definitiva do Australian Cattle Dog - ACD. Essa dificuldade se explica pelo grande número de tentativas e combinações que foram feitas até se chegar ao resultado final.

Originária da Austrália, acredita-se que se desenvolvimento aconteceu a partir da colonização inglesa na região. Durante a migração, os ingleses levaram seus cães de trabalho para a Austrália e tentaram aproveitar as raças que possuíam grande habilidade no
pastoreio nas ilhas britânicas num ambiente totalmente diferente que é o deserto australiano. Estes primeiros cães eram conhecidos como Smithfields, nome do mercado central de carnes em Londres. Genericamente, estes cães eram descritos como sendo cães pesados, pretos, com orelhas caídas e pelagem longa. Apesar de serem excelentes pastores em sua terra natal, não conseguiam a mesma

performance no novo ambiente, especialmente porque a pelagem densa e longa aliada ao calor australiano dificultava sua atuação no trabalho com o gado.
Diante da dificuldade de adaptação destes cães, os fazendeiros locais iniciaram os acasalamentos entre estes cães ingleses com os cães nativos da Austrália, conhecidos como Dingos. O resultado não foi o esperado, uma vez que, apesar dos cães obtidos serem realmente silenciosos como esperado, eram pouco confiáveis porque com freqüência mostravam-se muito mordedores, o que atrapalhava o trabalho com o gado. A tentativa seguinte foi o do acasalamento dos Dingos com os collies. Mais uma vez o resultado não agradava completamente porque desta vez, a grande maioria dos cães latia em excesso, o que também prejudicava a condução dos rebanhos.


Finalmente, em 1840, Mr. Thomas Hall of Muswelbrook, importou um casal de Blue Smooth Highland Collies, cães muito parecidos com os border collies ou bearded collies atuais. Estes cães descritos como cães de coloração blue merle e foram acasalados com os Dingos nativos. A partir destes acasalamentos, obteve cães merle ou vermelhos, que ficaram conhecidos como "Hall's Heelers". Estes cães, que possuíam grande habilidade em conduzir o gado em silêncio e deitavam-se no chão a fim de evitar que o gado saísse da trilha desejada. O trabalho deste pioneiro foi reproduzido até sua morte, em 1870. O trabalho de Mr. Tomas Hall e seu cães, que passaram a ser conhecidos como "Blue Heelers" ou "Queensland Heelers", deu frutos para o desenvolvimento da raça e incluindo alguns acasalamentos com Bull Terrier, visando aumentar a tenacidade dos cães e até mesmo Dálmatas, chegamos ao ano de 1902, quando Robert
Kaleski, escreveu o primeiro padrão da raça, baseando-se para isso no tipo físico dos dingos australianos, que acreditava serem os mais bem adaptados ao trabalho na região.

A raça só foi reconhecida pelo American Kennel Club no grupo ´Miscelaneous´ no final da década de 60 e graças aos esforços dos criadores, em 1980 a raça foi finalmente reconhecida plenamente. No Brasil, a raça só começou a ser conhecida bem mais recentemente e ainda há poucos registros e criadores oficiais.

Padrão da Raça

País de Origem: Austrália

Utilização: Como seu nome indica, sua função primária, na qual é incomparável, é o controle e o manejo do gado, tanto em campo aberto, como confinado. Sempre alerta, extremamente inteligente e atento, corajoso e confiável, com uma implícita devoção ao dever, tornando-se um cão ideal. Sem prova de trabalho

Aparência Geral: de um cão de trabalho forte, compacto, simetricamente construído, com habilidade e desejo de cumprir as tarefas a ele atribuídas, embora árduas. Sua combinação de substância, potência, equilíbrio e condicionamento muscular rígido deve lhe conferir a impressão de grande agilidade, força e resistência. Qualquer tendência à rusticidade ou à fragilidade é uma falta séria.

Temperamento: sua fidelidade e instinto de proteção o tornam um cão ideal para a guarda do fazendeiro, do rebanho e da propriedade. Embora tenha uma desconfiança natural para com estranhos, deve ser de fácil manejo, particularmente, em pista de exposições. Qualquer característica que se afaste da estrutura ou do temperamento de um cão de trabalho deve ser considerada como falta grave.

Cabeça: deve ser forte e proporcional às outras partes do cão, mantendo as proporções de sua conformação geral.

Crânio: é largo e ligeiramente arqueado entre as orelhas.

Stop: leve, mas definido.
Trufa: preta.

Focinho: largo e bem cheio abaixo dos olhos, diminuindo gradualmente para formar um focinho de comprimento médio, profundo e poderoso, fazendo paralelismo de crânio/ focinho.

Lábios: fortemente ajustados e secos.

Bochechas: musculosas, sem serem grosseiras nem proeminentes.

Dentes: sadios, fortes, bem espaçados; fazendo uma oclusão de mordedura em tesoura, com os dentes incisivos inferiores fechando por trás, apenas tocando os superiores. Como ao cão é exigido o difícil trabalho de tocar o gado por controle ou mordendo, dentes sadios e fortes são muito importantes.

Mandíbula: forte, profunda e bem desenvolvida.

Olhos: devem ser de forma oval e tamanho médio, e, inseridos no plano da pele, devem expressar esperteza e inteligência. Sua cor é marrom escuro. Quando um estranho se aproxima, um brilho de advertência ou desconfiança é característico.

Orelhas: de tamanho médio, preferivelmente pequenas; largas na base, musculosas, portadas eretas e moderadamente pontudas, sem serem em colher ou de morcego. As orelhas estão inseridas no crânio bem afastadas e inclinadas para fora; sensíveis, no uso, e eretas quando em alerta; o couro deve ser grosso e a face interna do pavilhão auditivo muito bem revestida de pêlos.

Pescoço: extremamente forte, musculoso e de comprimento médio, engrossando para articular-se com o tronco, e sem barbelas.

Tronco: o comprimento desde a ponta do esterno até as nádegas é maior que a altura na cernelha, guardando a proporção de 10:9. A linha superior é de nível.

Dorso: forte.

Flancos: profundos.

Garupa: de preferência longa e inclinada.

Peito: profundo, musculoso e moderadamente largo.

Costelas: bem arqueadas e bem anguladas, sem ser em barril.

Cauda: de inserção moderadamente baixa, seguindo o contorno da garupa inclinada. Seu comprimento atinge, aproximadamente, os jarretes. Em descanso, deve ser portada pendente numa curva bem suave. Em movimento ou em estado de excitação, a cauda pode ser levantada, mas em circunstância alguma qualquer parte da cauda deverá ultrapassar a vertical que passa pela sua raiz. A cauda deve ter uma boa pelagem em pincel.

Membros Anteriores: fortes, ossatura de seção redonda, estendendo-se até as patas e, vistos de frente, devem ser retos e paralelos.

Ombros: fortes, inclinados, musculosos, bem angulados com o úmero e, na cernelha, não devem ser muito próximos. Embora os ombros devam ser fortes e de boa ossatura, ombros carregados e frentes pesadas irão interferir na correta movimentação e limitar sua capacidade de trabalho.

Metacarpos: devem apresentar flexibilidade e, vistos de perfil, possuem discreta angulação com o antebraço.

Posteriores: são amplos, fortes e musculosos. Vistos por trás, os posteriores, dos jarretes às patas, são retos, paralelos, nem fechados nem abertos demais.

Coxas: longas, largas e bem desenvolvidas.

Joelhos: bem angulados.

Jarretes: fortes e curtos.

Patas: são arredondadas e possuem dedos curtos, fortes, bem arqueados e mantidos juntos e compactos. As almofadas plantares são grossas e profundas. As unhas são curtas e fortes.

Movimentação: espontânea, fluente, flexível e incansável. O movimento dos ombros e dos membros anteriores, formam um conjunto de perfeito sincronismo com a poderosa propulsão dos membros posteriores. É indispensável a capacidade de movimentação repentina e rápida. É de primordial importância a saúde e a agilidade. Ombros carregados ou flácidos, não inclinados; fragilidade nos cotovelos, nos metacarpos ou nas patas; joelhos pouco angulados; jarretes de vaca ou em barril devem ser considerados faltas sérias. No trote, as patas tendem a aproximar-se, ao nível do solo, conforme a velocidade aumenta, entretanto, quando o cão está em repouso, o apoio nas quatro patas deve ser retangular.

Pêlo: a pelagem deve ser lisa; dupla com um subpêlo curto e denso. A pelagem de cobertura é fechada, os pêlos são retos, duros e assentados, sendo resistentes à chuva. Na linha inferior até a linha posterior dos membros, a pelagem é mais longa e forma, próximo à coxa, uma franja moderada. Na cabeça (incluindo a face interna das orelhas) e na face anterior dos membros, o pêlo é curto. Ao longo do pescoço, é mais longo e mais duro. Como parâmetro, o pêlo deve ter de 2,5 a 4 cm de comprimento. O pêlo muito longo ou muito curto constitui falta.

Cor: Azul: a cor deve ser azul, azul mosqueado ou azul salpicado com ou sem outras marcas. As marcas permitidas são o preto, azul ou castanho na cabeça, preferencialmente, distribuídas de maneira uniforme. Nos membros anteriores, o castanho se apresenta nas patas até o meio do antebraço e estendendo-se até a face anterior do antepeito e garganta, com castanho na mandíbula. Nos membros posteriores, castanho na face medial das pernas e coxas, passando pela face anterior dos joelhos e alargando-se para a face externa das pernas, desde os dedos até o jarrete. É permitido o subpêlo castanho no tronco, desde que não apareça fora da pelagem azul. Marcas pretas no tronco são indesejáveis. Ruivo salpicado: a cor deve ser ruivo salpicado, uniformemente distribuída por todo o corpo incluindo o subpêlo (nem branco, nem creme), com ou sem manchas vermelho escuras na cabeça. Marcas uniformes na cabeça são desejáveis. Marcas ruivas no tronco são permitidas, mas indesejáveis.

Tamanho: Altura na cernelha: nos machos, varia de 46 a 51 cm. nas fêmeas, de 43 a 48 cm.

Faltas: qualquer desvio dos termos deste padrão deverá ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.

Notas: • os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal. • todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado

Agility

O Australian Cattle Dog é bem adequado para o esporte de agilidade. É ágil, rápido, confiante, submisso, e dispostos a trabalhar com precisão, a uma distância a partir do manipulador. O QUE É O AGILITY O Agility nasceu em 1978 na Inglaterra, como entretenimento para o público que visitava e assistia o CRUFTS DOG SHOW . O intuito era distrair os visitantes nos momentos de tédio. Baseado em provas hípicas, o Agility consiste em fazer o cão percorrer um circuito de obstáculos no menor tempo possível e com o menor número de faltas. O condutor não pode encostar no cão e não pode ter nada em sua mão. O cão, por sua vez, não pode estar preso à guia nem usar qualquer tipo de colar. Se as regras não forem seguidas, a dupla condutor/cão será desclassificada. Até o momento da prova, a dupla não conhecerá o percurso, que será determinado momentos antes pelo juiz. O condutor fará um prévio reconhecimento do percurso antes da prova ser iniciada. O Agility não é uma prova de velocidade, mas sim de habilidade. Por isso, as faltas nos obstáculos são mais importantes do que as faltas de tempo. O Agility, como esporte, além de nos deixar em forma juntamente com nosso fiel companheiro, ajuda a fazer novos amigos e age como uma terapia anti-stress. É realmente relaxante e prazeroso praticar o Agility. O Agility pode ser praticado por qualquer tipo de cão, não importando o tamanho, raça e se possui ou não pedigree. É um esporte para todos!!! Por que o Agilty? As pessoas são atraídas para o Agility para uma ampla variedade de razões. Alguns simplesmente deseja passar algum tempo com o seu cão fazendo algo que é divertir juntos. A única coisa que é mais divertido do que assistir cães do Agility é fazê-lo com seu próprio cão .

sábado, 2 de maio de 2009

Filhotes de red e blue heelers
Panter